RÁDIO COMUNIDAS WEB NEWS COM PARCERIA RÁDIO SENADO-DF
JORNAL DO SENADO
www.senado.leg.br/jornal Ano XXIV — Nº 4.999 — Brasília, quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Projeto permite anunciar apenas assuntos da comunidade escolar
Agentes atendem crianças da comunidade
do Morro da Coroa, no Rio de Janeiro
Projeto veda publicidade
de produtos nas escolas
Reajuste do piso salarial de agentes comunitários é lei
Jornal do Senado
completa 5 mil
edições amanhã
Medida sobre prazo
para o Funrural
perde a vigência
Parecer sobre MP do
setor automotivo
pode ser votado hoje
a comissão de transparência, governança,
Fiscalização e controle e Defesa do consumidor
pode votar hoje a proibição do apelo ao consumo
em escolas da educação básica. O projeto proíbe
a veiculação, nas dependências de qualquer
estabelecimento de ensino da educação básica,
público ou privado, de publicidade para divulgação
de produtos, serviços, marcas ou empresas,
independentemente do suporte, da mídia ou
do meio utilizado. as exceções são informações
relacionadas diretamente à instituição de ensino
e às atividades da comunidade. 3
Foi publicado ontem no Diário
Ofi cial da União o reajuste do piso
salarial dos agentes comunitários
de saúde e de combate a endemias,
que havia sido vetado na lei que regulamentou
a atividade. com isso,
a categoria terá reajuste de 52,86%,
escalonado em três anos. em 2021,
o valor será de r$ 1.550.
Pela lei, os agentes devem cumprir
40 horas semanais integralmente dedicadas
a ações e serviços a famílias
e comunidades assistidas. 2
em comemoração, em vez da
edição diária, será veiculado
amanhã um especial sobre o
jornal. a partir das notícias publicadas
desde 95, a edição mostrará
como o Brasil evoluiu e o senado
participou da história do país.
O fi m da vigência da medida
provisória que estendia até 29 de
setembro de 2017 o prazo para adesão
ao chamado refi s do Funrural
foi publicado ontem no Diário
Ofi cial da União. atualmente está
valendo a mP 842/2018, que estende
o prazo até 30 de dezembro
de 2019. 2
a comissão mista que analisa a
medida provisória que instituiu
nova política industrial para o setor
automotivo pode votar o parecer
hoje. chamado de Programa rota
2030 — mobilidade e Logística, o
regime automotivo substituiu o
inovar-auto, que vigorou entre
2013 e 2017. 4
Eunício diz que poderá ouvir
novo governo sobre Orçamento
Presidente do Senado lembrou que o projeto de Lei Orçamentária
para 2019 deve ser votado pelo Congresso até 22 de dezembro
O presidente do senado,
eunício Oliveira,
disse que está
disposto a receber o novo
presidente da república
para conversar sobre o projeto
da Lei Orçamentária
para 2019.
O senador lembrou, no
entanto, que, como a constituição
determina que o
Orçamento seja aprovado
até 22 de dezembro e o
novo presidente e os novos
parlamentares só tomam
posse no ano que vem, caberá
aos atuais senadores
e deputados propor alterações
e aprovar a lei.
eunício disse ainda que,
em seu período como presidente
do senado, o Orçamento
foi aprovado sempre
no prazo.
até agora, 10 das 13 comissões
da casa apresentaram
emendas ao Orçamento.
ainda faltam as comissões
de constituição e
Justiça, de Desenvolvimento
regional e turismo e de
meio ambiente. O prazo
para apresentar emendas
vai até 1º de novembro. 3 Eunício afirmou que durante sua gestão como presidente do Senado a Lei Orçamentária foi aprovada sempre no prazo
de 22 de outubro a 17 de dezembro
Salão Negro do Congresso Nacional
Mais informações: cn.leg.br/visite
Exposição comemorativa dos 30 anos da Constituição Cidadã
B
Jane de Araújo/Agência Senado Jonas Pereira/Agência Senado
Divulgação/SUS
2 Brasília, quarta-feira, 24 de outubro de 2018
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Eduardo Amorim, Sérgio Petecão,
Davi Alcolumbre e Cidinho Santos
Secretário-geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira
Diretora-geral: Ilana Trombka
Os agentes comunitários
de saúde e os agentes
de combate às endemias terão
o reajuste de 52,86% do piso
salarial garantido. É o que
determinam trechos da Lei
13.708, publicados ontem no
Diário Oficial da União. Esses
dispositivos haviam sido
vetados pela Presidência da
República, mas os vetos foram
rejeitados pelo Congresso no
dia 17.
O reajuste foi vetado (VET
32/2018) pela Presidência da
República após consulta aos
Ministérios do Planejamento,
da Justiça, da Fazenda e da
Saúde.
Michel Temer alegou que
o aumento do piso é inconstitucional,
por não ter sido
de iniciativa do Executivo.
Segundo ele, o aumento fere
ainda o Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias
e a Lei de Responsabilidade
Fiscal, por ter sido concedido
sem qualquer estimativa de
impacto financeiro.
Rejeição
Deputados e senadores
decidiram derrubar o veto,
restaurando a validade do
reajuste incluído no projeto
de lei de conversão que propuseram
em substituição à
MP 827/2018.
Pelo texto, a remuneração
dos agentes será de R$ 1.250
a partir de 2019; de R$ 1.400
em 2020; e de R$ 1.550 em
2021. A partir de 2022, o piso
será reajustado anualmente
em percentual definido na Lei
de Diretrizes Orçamentárias
(LDO).
O presidente do Senado,
Eunício Oliveira, comemorou
a derrubada do veto:
— Os agentes comunitários
têm um papel fundamental
numa saúde que é precária,
principalmente para os pobres
do Brasil. Essas pessoas
são anjos da guarda sem asas.
Estão todos os dias nas portas
de pessoas que não têm condição
de tratamento, que não
têm um plano de saúde, que
ficam três, quatro meses numa
fila para serem atendidas no
SUS [Sistema Único de Saúde].
É mais do que justo e correto.
De acordo com a Lei 13.708,
a jornada de 40 horas semanais
exigida para garantia do
piso deve ser integralmente
dedicada às ações e aos serviços
de promoção da saúde,
de vigilância epidemiológica
e ambiental e de combate a
endemias das famílias e comunidades
assistidas.
Venceu a vigência da medida
provisória que estendeu até 29
de setembro de 2017 o prazo
para adesão ao Programa
Especial de Regularização
Tributária (Pert), conhecido
como Refis do Funrural. O
ato declaratório de perda de
vigência da MP 798/2017 foi
publicado ontem no Diário
Oficial da União.
Uma outra medida que
estendia o prazo até 30 de
outubro também perdeu a
vigência (MP 834/2018).
Atualmente está valendo a
MP 842/2018, que estende o
prazo para a quitação das dívidas
rurais até 30 de dezembro
de 2019 e prevê descontos para
a quitação de empréstimos
do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf).
A medida foi aprovada na
semana passada pelo Senado e
aguarda sanção do presidente
da República.
Vence vigência de MP sobre prazo
de adesão ao Refis do Funrural
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Audiências Interativas
Agentes de saúde e contra
endemias terão aumento
Senadores e deputados derrubaram veto de Temer ao reajuste anual para as duas categorias. O
aumento vale a partir de 2019. As alterações na lei foram publicadas ontem no Diário Oficial da União
`CTFC Publicidade infantil
11h O PLC 106/2017, que proíbe publicidade
infantil em escolas públicas e privadas,
é um dos 8 itens da pauta da
comissão.
`MP 843/2018 Setor automotivo
10h Análise de relatório.
`Plenário Sessão não deliberativa
11h Sessão destinada a pronunciamentos
e avisos da Mesa.
Confira a íntegra das
sessões no Plenário:
http://bit.ly/plenarioOnline
Confira a íntegra das
sessões nas comissões:
http://bit.ly/comissoesOnline
Sessão on-line
A agenda completa, incluindo o número de
cada proposição, está disponível na internet,
no endereço: http://bit.ly/agendaLegislativa
Agenda
Agente de saúde em Joinville (SC): salário chegará a R$ 1.550 em 2021
Mauro Artur Schlieck/Prefeitura de Joinville
Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado
Previsão atualizada às 18h de ontem pela Secretaria-Geral da Mesa e Secretaria de Comissões
Ione comemora
derrubada de veto
que afetava agentes
Kátia Abreu vê injustiça
na condenação e prisão
de Acir Gurgacz
Cidinho diz que novo
governador de MT deve
tirar ferrovias do papel
“Entrei ficha-limpa
e saio ficha-limpa”,
afirma Ana Amélia
Hélio José destaca
aniversário de cidades
do Distrito Federal
Ione Guimarães
(PTB-GO)
disse que foi
justa a decisão
do Congresso
Nacional de
derrubar veto
a artigo de lei que estabelece
piso salarial de agentes
comunitários de saúde
e agentes de combate às
endemias.
De acordo com a senadora, é
preciso reconhecer a valorizar
o trabalho dessas categorias,
por meio de uma política salarial
digna, uma vez que atuam
em ações de saúde em prol da
população.
Kátia Abreu
(PDT-TO) considerou
que
Acir Gurgacz
(PDT-RO), preso
em regime
fechado, foi vítima
de uma condenação injusta.
Ela criticou a pena máxima
imposta a um réu primário e
com bons antecedentes.
— Eu peço ao Supremo
Tribunal Federal que possa
revisar essa pena monstruosa
para um réu primário de boa
índole e boa condução, um
avalista de uma operação
com pena máxima, que está
fazendo falta a este Plenário.
Cidinho Santos
(PR-MT)
afirmou que,
entre os principais
compromissos
do governador
eleito
de Mato Grosso, Mauro Mendes,
está a logística. Ele citou
projetos da Ferronorte, da
Ferrovia de Integração Centro-
-Oeste, que vai auxiliar no
escoamento da produção de
grãos pelos Oceanos Atlântico
e Pacífico, e da Ferrogrão, que
ligará o estado ao Rio Tapajós,
no Pará. Esses projetos,
salientou, devem ser tirados
do papel em seis anos.
Ana Amélia
(PP-RS) apresentou
ontem,
em Plenário,
um balanço
de sua atuação
nos oito anos
de mandato. Candidata a
vice-presidente na chapa de
Geraldo Alckmin, Ana Amélia
não concorreu à reeleição.
— Entrei ficha-limpa e saio
ficha-limpa, com a dignidade
de ter cumprido meu dever.
Deixo cinco leis de minha
autoria. Uma delas obriga planos
de saúde a pagar remédio
quimioterápico oral para os
clientes que têm câncer.
Hélio Jos é
(Pros-DF) destacou
ontem o
aniversário de
Samambaia e
do Paranoá, no
Distrito Federal.
O senador lembrou que a
primeira foi fundada em 1989
e tem hoje 250 mil habitantes.
Quanto ao Paranoá, lembrou
que até hoje a população, de
mais de 50 mil habitantes, não
tem escritura pública de suas
casas, o que constitui um dos
grandes problemas da cidade.
Hélio José também disse estar
preocupado com a situação
do Entorno do Distrito Federal.
3 Brasília, quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Alô Senado 0800 612211 www.senado.leg.br/jornal
O presidente do Senado,
Eunício Oliveira, disse ontem
que não lhe cabe procurar o
candidato à Presidência da
República, que será eleito
no dia 28, para negociar
alterações no projeto da Lei
Orçamentária Anual (LOA)
de 2019, em tramitação no
Congresso.
— Cabe a mim colocar em
votação o projeto que foi
enviado ao Congresso, com
suas devidas emendas. Como
nós estamos em um regime
democrático, eu estarei aberto
a receber o novo presidente
— afirmou.
Eunício explicou que, como
a Constituição determina que
o Orçamento seja votado até
22 de dezembro e o presidente
e os novos parlamentares eleitos
só tomam posse em 2019,
o PLN 27/2018 poderá ser
modificado apenas pelos deputados
e senadores da atual
legislatura, que se encerra em
15 de fevereiro. Propostas de
alteração do projeto, portanto,
terão de ser apresentadas por
esses parlamentares.
— Enquanto fui presidente
do Congresso, sempre votamos
a Lei Orçamentária
Anual dentro do prazo. Eu
pude atender o pedido dos
parlamentares de ampliar o
prazo da entrega das emendas
ao Orçamento, que seria 20
de outubro, para 1º de novembro.
Mas nunca saímos
em recesso sem votar o Orçamento.
Desejamos manter o
cumprimento da Constituição
— disse Eunício.
Das 13 comissões do Senado,
10 já aprovaram emendas
ao Orçamento da União. Ainda
não votaram emendas as
Comissões de Constituição
e Justiça (CCJ), de Meio Ambiente
(CMA) e de Desenvolvimento
Regional e Turismo
(CDR).
Na entrevista, Eunício afirmou
ainda que a transição
entre um governo que se encerra
e outro que vai começar
é mais do que natural dentro
do regime democrático.
Ao classificar
a possibilidade
de eleição de
Jair Bolsonaro
como ameaça
às instituições
democráticas, Humberto Costa
(PT-PE) afirmou que o discurso
do candidato do PSL deixa
claro o desrespeito aos Poderes
da República, à imprensa
e aos adversários políticos. O
senador chamou Bolsonaro de
“projeto de ditador” e o acusou
de ameaçar os opositores.
— É uma pessoa que não tem
estatura política para governar
este país. Só o ódio dos que
estão de olhos vendados para
a realidade faz com que eles
votem nesse cidadão.
Segundo ele, o Brasil tem
que escolher entre votar em
apoio à liberdade e aos direitos
humanos ou dar um “cheque
em branco a um lunático”.
Roberto Requião
(MDB-PR)
afirmou ontem
que a candidatura
de Bolsonaro
é uma “tríplice
aliança” entre forças autoritárias,
expoentes do neoliberalismo
e massas frustradas com a
corrupção e a crise econômica.
Segundo o senador, Bolsonaro
aproveitou o descontentamento
de amplos setores da
sociedade, mas criou um movimento
fadado ao fracasso.
Para Requião, um eventual
governo de Bolsonaro será
marcado pela contradição de
seus apoiadores, com interesses
inconciliáveis. O senador
vê uma “aliança inédita”
entre setores expressivos da
classe média, trabalhadores
e lideranças nas Forças Armadas
com o “liberalismo
mercantilista”.
Gleisi Hoffmann
(PT-PR)
cobrou da Justiça
a análise
rápida de declarações
de Jair
Bolsonaro, que disse que vai
prender oposicionistas e impedir
o trabalho da oposição
caso seja eleito.
— As reações moderadas
que estamos vendo dos tribunais,
inclusive das próprias
ofensas que sofrem, é algo
estarrecedor — afirmou.
Ela defendeu o ex-presidente
Lula de críticas que vem recebendo
de Bolsonaro. Segundo
Gleisi, o candidato afirmou
que o ex-presidente vai “apodrecer
na cadeia”.
A senadora disse acreditar
que os tribunais, apesar de
acuados, vão cumprir a Constituição
e assegurar a Lula um
julgamento justo.
A declaração
do deputado
eleito Eduardo
Bolsonaro
(PSL-SP) sobre
o fechamento do
Supremo Tribunal Federal foi
lamentada ontem por Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM). Ele
declarou que para isso bastaria
“um soldado e um cabo”.
A senadora lembrou ainda
a declaração do candidato à
Presidência Jair Bolsonaro,
que afirmou que vai banir
“os marginais vermelhos que,
se não quiserem ser presos,
terão que sair do Brasil”. Ela
comparou os discursos aos
do líder nazista Adolf Hitler
antes de chegar ao poder na
Alemanha nos anos 30.
Para Vanessa, o Senado
precisa se manifestar sobre as
declarações e dar um basta ao
que vem acontecendo no país.
Regina Sousa
(PT-PI) lamentou
ontem o
silêncio das autoridades
diante
dos conflitos por
causa das eleições.
Ela citou declarações do
deputado federal Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) de que
apenas um cabo e um soldado
seriam necessários para fechar
o Supremo Tribunal Federal
(STF).
A senadora criticou outras
declarações, como a de que,
se Jair Bolsonaro vencer as
eleições, os movimentos sociais
serão enquadrados como
terroristas.
— Então eu acho que a gente
tinha que se preocupar. É impossível
esta Casa ficar calada
diante de tanta aberração.
Porque quando você cala, você
está dizendo que está certo.
A proibição do apelo ao consumo
em escolas da educação básica está na
pauta da Comissão de Transparência,
Governança, Fiscalização e Controle e
Defesa do Consumidor (CTFC). O Projeto
de Lei da Câmara (PLC) 106/2017
pode ser votado na reunião de hoje,
que começa às 11h.
A proposta proíbe a veiculação, nas
dependências de qualquer estabelecimento
de ensino da educação básica,
público ou privado, de atividades de
comunicação comercial, entre elas
publicidade, para divulgação de produtos,
serviços, marcas ou empresas,
independentemente do suporte, da
mídia ou do meio utilizado. As exceções
são informações relacionadas
diretamente à instituição de ensino e
sua comunidade, relativa às atividades
a elas inerentes.
De autoria do deputado Luciano
Ducci (PSB-PR), o projeto acrescenta
parágrafo único ao artigo 22 da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (Lei
9.394, de 1996).
O relator, senador Cristovam Buarque
(PPS-DF), é pela aprovação do
projeto, a ser analisado em caráter
terminativo na Comissão de Educação,
Cultura e Esporte (CE).
Tráfico de pessoas
Também está na pauta da comissão
o Projeto de Lei do Senado (PLS)
374/2012 — Complementar, da senadora
Lídice da Mata (PSB-BA). A
proposta determina que os recursos
confiscados de bens relacionados a
crimes de lenocínio (promoção da
prostituição) e tráfico de pessoas sejam
direcionados a políticas públicas
de reparação de danos causados pela
exploração sexual e pelo próprio tráfico
de pessoas.
CPMI
O texto tramita em conjunto com o
PLS 297/2013, de autoria da CPMI da
Violência contra a Mulher.
O voto da relatora, senadora Ana
Amélia (PP-RS), é pela aprovação do
PLS 374/2012 e pelo arquivamento do
PLS 297/2013.
O texto já foi aprovado na Comissão
de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) e na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
A CTFC também pode analisar, em
caráter terminativo, projeto que proíbe
empresas prestadoras de atendimento
de reter senhas ou documentos que
comprovem o horário de chegada do
usuário aos estabelecimentos (PLS
545/2013).
O voto do relator, senador Wilder
Morais (DEM-GO), é favorável à aprovação
do projeto.
A proposta, de autoria do senador
Vicentinho Alves (PR-TO), já tem parecer
favorável da Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE).
Candidato ataca
democracia, diz
Humberto Costa
Governo do PSL será
fadado ao fracasso,
afirma Requião
Gleisi cobra Justiça
sobre fala de
presidenciável
Vanessa critica
declaração de
Eduardo Bolsonaro
Regina lamenta
silêncio diante de
ataques ao STF
Comissão pode analisar proposta que proíbe apelo ao consumo nas escolas
Eunício diz estar aberto a ouvir novo presidente
Presidente do Senado se colocou à disposição para conversar com o
novo presidente da República sobre o Orçamento, mas lembrou que
mudanças no projeto têm de ser propostas pelo atual Congresso Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado
Em entrevista, Eunício afirmou que pretende votar o projeto da Lei Orçamentária até o dia 22 de dezembro
Jane de Araújo/Agência Senado
4 Brasília, quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Alô Senado 0800 612211 www.senado.leg.br/jornal
a meDiDa PrOVisÓria que
instituiu nova política industrial
para o setor automotivo
brasileiro pode ser votada hoje
na comissão mista que analisa
o texto. chamado de Programa
rota 2030 — mobilidade e
Logística, o regime automotivo
substituiu o inovar-auto, que
vigorou entre 2013 e 2017. a mP
843/2018 recebeu 81 emendas.
a votação vem sendo adiada
desde agosto. na quarta-feira,
a reunião foi cancelada por
ausência do relator, deputado
alfredo Kaefer (PP-Pr), que
ainda não apresentou parecer.
assim como a política anterior,
o rota 2030 baseia-se em
incentivos fi scais, que somarão
em média r$ 1,5 bilhão ao
ano durante 5 anos, segundo o
governo. em 2019, o benefício
será de r$ 2,1 bilhões.
como contrapartida, as
empresas terão que cumprir
requisitos, principalmente
com investimentos em pesquisa
e desenvolvimento. O
governo afi rma que a indústria
fará um aporte mínimo de
r$ 5 bilhões por ano.
O presidente da comissão
mista é o senador eduardo
amorim (PsDB-se).
Jorge Viana (Pt-ac)
cobrou investigação
isenta sobre a possível
interferência econômica
e empresarial pela
internet nas eleições.
Para o senador, há uma crise
que difi culta a convivência em
harmonia, e a disseminação
de notícias falsas pelas redes
sociais pode levar
o país a uma vitória
do ódio, da brutalidade
e das ideias
antipedagógicas.
— Parece que o que
conta na eleição é quem
vai ser destruído, quem vai
ser derrotado, quem vai ser
pisado e desmoralizado.
reditario cassol (PP-
-rO) cobrou a tramitação
de projeto dele
que altera o código
Penal, avaliando que
os senadores precisam
trabalhar e se preocupar
mais com o povo honesto e
trabalhador. ele lembrou “a
péssima reputação dos parlamentares
diante da
opinião pública”, criticou
os senadores em
fi m de mandato, que,
segundo ele, estão
deixando de cumprir
seus deveres, e declarou esperar
que os novos membros
da casa possam fazer o que o
povo deseja.
Pedro chaves (PrB-
-ms) cobrou ontem a
votação, pela câmara
dos Deputados, do PDs
89/2016, de Humberto
costa (Pt-Pe), que revoga
cobrança pelo transporte
de bagagens por companhias
aéreas. O senador disse que os
líderes da câmara precisam
pautar o texto que dá
fi m à cobrança de despacho
de bagagens
em voos nacionais. De
acordo com chaves, a
medida foi autorizada
pela agência nacional de
aviação civil por infl uência
do lobby das companhias de
aviação.
Viana cobra apuração sobre interferência
econômica e empresarial nas eleições
Parlamentares devem trabalhar e se
preocupar mais com o povo, diz Reditario
Pedro chaves cobra que a câmara analise Comissão mista pode votar fim de cobrança de bagagens por aéreas
MP do setor automotivo
Medida criou incentivos fiscais para a indústria de automóveis e autopeças. Com isso, o governo
pretende fomentar a exportação e estimular o setor a aumentar a capacidade e a competitividade
À mesa, senadores Fernando Bezerra Coelho e Eduardo Amorim, presidente
O primeiro projeto de Jorge
Kajuru será para tentar reduzir
em 50% os benefícios e gastos
dos congressistas. A ideia é que
senadores e deputados abram
mão de parte dos salários e
das verbas indenizatórias e
destinem esses recursos para
investimentos em educação.
— Cada senador custa R$
3 milhões por ano. Quero dar
exemplo à nação ao cortar na
própria carne. Se cortarmos
50% e destinarmos essa economia
para investir em educação,
será revolucionário.
Kajuru, que é vereador em
Goiânia, garantiu que doará
50% das verbas destinadas
ao seu mandato.
— Só aceitarei 50% do
meu salário para pagar minhas
despesas porque vou morar em
Brasília. Não devolverei o que
eu receber ao erário porque
não sei se esse dinheiro pode
parar no ralo da corrupção. Vou
investir em escolas e instituições
sérias e vou documentar
essas doações — assegurou.
Reeleito para um mandato
de 8 anos a partir de 2019,
Paulo Paim afi rma que manterá
a defesa de pautas como
os direitos dos aposentados
e trabalhadores. No terceiro
mandato, Paim também
pretende reverter a Emenda
Constitucional 95, que limitou
os gastos públicos por 20 anos.
— Nenhum país do mundo
congela investimentos por 20
anos. O desemprego aumenta
de forma assustadora, a renda
diminui.
O senador, que foi presidente
da CPI da Previdência
em 2017, afi rmou ainda que
continuará a combater a proposta
de reforma do sistema
proposta pelo presidente da
República, Michel Temer. A tramitação
do projeto de reforma
da Previdência está paralisada
em razão da intervenção federal
no Rio de Janeiro.
Para ele, o texto praticamente
proíbe os trabalhadores
de se aposentar e entrega a
Previdência aos banqueiros.
Major Olimpio conquistou
uma cadeira no Senado ao
obter mais de 9 milhões de
votos no estado de São Paulo.
Ele disse que a prioridade
de seu mandato será fazer
a sustentação e a defesa de
um eventual governo de Jair
Bolsonaro — favorito nas
pesquisas para a Presidência
da República.
O futuro senador destaca
que vai trabalhar por uma
“grande reforma da segurança
pública”, que ele classifica
como “mais que necessária”.
Para isso, defende a redução
da maioridade penal.
Ele ainda promete trabalhar
por mais equilíbrio na relação
fiscal de São Paulo com a
União e elogia a renovação dos
parlamentares no Congresso
Nacional.
— Serei um intransigente
defensor do estado. A renovação
foi uma boa faxina que a
população fez no Congresso,
mas essa faxina precisava ser
muito maior e mais ampla.
Kajuru quer destinar verba
de senadores à educação
Paim reafirma pacto com
direitos do trabalhador
Major olimpio defende
reforma da segurança
Jorge Kajuru (PRP-GO) Paulo Paim (PT-RS) Major olimpio (PSL-SP)
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Roque Sá/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado
Alberto Maia/Câmara Municipal de Goiânia
Jefferson Rudy/Agência Senado Jefferson Rudy/Agência Senado
Roque de Sá/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado
em entrevista ontem, o
presidente do senado, eunício
Oliveira, afirmou que o
Plenário poderá vir a decidir
sobre a perda ou não do mandato
do senador acir gurgacz
(PDt-rO), condenado pelo
supremo tribunal Federal
(stF) a quatro anos e meio
de reclusão em regime semi-
-aberto. eunício disse que ainda
consultará o setor jurídico
da casa para determinar como
encaminhará o caso.
— essa questão do senador
acir, o senado fez o papel que
tinha que ser feito em relação
à defesa do senador. na última
reunião que tivemos, eu
coloquei com muita clareza
que essa decisão compete ao
Plenário. eu vou analisar com
o departamento jurídico e, se
houver necessidade de colocar
em Plenário a perda ou não do
mandato do senador gurgacz,
a decisão, caberá, obviamente,
ao Plenário.
em 10 de outubro, o stF negou
dois pedidos da advocacia
do senado para suspender a
ordem de prisão e a perda dos
direitos políticos de gurgacz.
eunício: Plenário pode decidir sobre Acir Gurgacz
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JORNAL DO SENADO
PF indicia Temer por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
PF indicia Temer por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
O relatório final do inquérito dos Portos foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) hoje (16)
Por Matheus Simoni no dia 16 de Outubro de 2018 ⋅ 20:47
A Polícia Federal indiciou o presidente Michel Temer (MDB) e outras dez pessoas por organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A ação ainda envolve a filha do presidente, Maristela Temer. No caso de Maristela, o indiciamento se dá apenas por lavagem de dinheiro.
O relatório final do inquérito dos Portos foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) hoje (16). A PF também pediu sequestro e bloqueio de bens de todos os suspeitos, e a prisão de quatro deles.
O inquérito dos Portos foi aberto pelo STF, a pedido do então procurador da República, Rodrigo Janot, após a delação de executivos do Grupo J&F, que denunciaram pagamentos de propina a agentes políticos. Entre os beneficiados estão Michel Temer e o ex-assessor dele, Rodrigo Rocha Loures, envolvendo decreto editado por Temer.
O caso foi encaminhado pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso para a Procuradoria Geral da República (PGR), que tem até 15 dias para se pronunciar por meio de parecer.
Confira a lista de denunciados:
Lista de indiciados:
- Michel Miguel Elias Temer Lulia
- Rodrigo Santos da Rocha Loures
- Antônio Celso Grecco
- Ricardo Conrado Mesquita
- Gonçalo Borges Torrealba
- João Baptista Lima Filho
- Maria Rita Fratezi
- Carlos Alberto Costa
- Carlos Alberto Costa Filho
- Almir Martins Ferreira
- Maristela de Toledo Temer Lulia
Indiciados alvos de pedido de prisão preventiva
- João Baptista Lima Filho
- Carlos Alberto Costa
- Maria Rita Fratezi
- Almir Martins Ferreira
Medicina policialesca
Medicina policialesca
por DRAUZIO VARELLA
Passei da idade de me surpreender com a estupidez humana. Ainda assim, fiquei revoltado com a atitude do médico que entregou à polícia a menina que tomou Cytotec para abortar.
Em nome de que princípios um profissional recebe uma menina de 19 anos, fragilizada pelas complicações de um abortamento provocado sem assistência médica, ouve sua história, calça as luvas, toca seu útero e os anexos, adota a conduta que lhe parece mais adequada, sai da sala e chama a polícia para prender em flagrante a paciente que lhe confiou a intimidade?
Existe covardia mais torpe?
A função primordial da medicina é aliviar o sofrimento humano. Independentemente das contradições jurídicas criadas por uma legislação medieval, machista e desumana como a brasileira, entregar a menina à polícia cont
Passei da idade de me surpreender com a estupidez humana. Ainda assim, fiquei revoltado com a atitude do médico que entregou à polícia a menina que tomou Cytotec para abortar.
Em nome de que princípios um profissional recebe uma menina de 19 anos, fragilizada pelas complicações de um abortamento provocado sem assistência médica, ouve sua história, calça as luvas, toca seu útero e os anexos, adota a conduta que lhe parece mais adequada, sai da sala e chama a polícia para prender em flagrante a paciente que lhe confiou a intimidade?
Existe covardia mais torpe?
A função primordial da medicina é aliviar o sofrimento humano. Independentemente das contradições jurídicas criadas por uma legislação medieval, machista e desumana como a brasileira, entregar a menina à polícia contribuiu para tornar-lhe o sofrimento mais suportável?
A questão do aborto ilustra como nenhuma outra a hipocrisia moralista imposta às mulheres pobres, pelos que se intitulam defensores da vida e atribuem a si próprios o papel de guardiões dos bons costumes e porta-vozes oficiais da vontade de Deus.
A realidade é cristalina: o aborto é livre no Brasil, basta ter dinheiro para pagar por ele.
Não faltam clínicas particulares e hospitais com médicos experientes que realizem abortamentos em boas condições técnicas, desde que bem remunerados.
Muitos ginecologistas que se negam a praticá-los em suas pacientes indicam esses colegas, não raro criticados pelos mesmos que fizeram o encaminhamento.
Dias atrás, Cláudia Collucci, colunista desta Folha, lembrou a pesquisa realizada pela Unicamp em conjunto com a Associação dos Magistrados Brasileiros mostrando que 20% dos 1.148 juízes entrevistados tiveram parceiras que ficaram grávidas sem desejá-lo: 79,2% abortaram.
Das 345 juízas que participaram, 15% já haviam tido gestações indesejadas: 74% fizeram aborto.
A colunista citou estudo semelhante conduzido pela Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) entre ginecologistas e obstetras: diante de gestações indesejadas, cerca de 80% de suas mulheres recorreram à prática.
Entre as médicas ginecologistas a situação é semelhante: 77% interromperam sua gravidez indesejada.
Por outro lado, 60% dos profissionais ouvidos confessaram que não ajudariam uma paciente, encaminhando-a a outro médico ou indicando medicamento abortivo.
Na Penitenciária Feminina da Capital, são muitas as meninas que abortaram em espeluncas mantidas, na periferia, por mulheres que vendem Cytotec e realizam procedimentos cirúrgicos semelhantes às torturas dos tempos da Inquisição.
Mas, quando essas mulheres vão parar na cadeia, são encaminhadas para a ala do seguro.
As mesmas que a elas recorrem nos momentos de aflição recusam-se a cumprir pena ao seu lado. Dizem que “elas matam criancinhas”.
Estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro revelou que, em 2013, o SUS internou 154.391 mulheres com complicações de abortamentos. Como a estimativa é de que aconteça uma complicação para cada quatro ou cinco casos, o cálculo é de que tenham ocorrido de 685 mil a 856 mil abortos clandestinos no país.
Um estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Brasília mostra que 20% das 37 milhões de brasileiras com mais de 40 anos já fizeram aborto. Esses números servem de referência para a Organização Mundial da Saúde.
Feitos nas piores condições, complicações em abortos são a quinta causa de morte materna, no país.
A questão não pode ser mais tratada da forma bizarra e irresponsável como tem sido.
Não se trata de ser a favor ou contra. Todos somos contrários, especialmente as mulheres grávidas que a ele recorrem como última saída.
O problema do aborto não é moral, é questão de saúde pública. Se 20% das brasileiras com mais de 40 anos já abortaram na clandestinidade, deveríamos puni-las com o rigor das leis atuais? Haveria cadeia para mais de 7 milhões?
Deixemos de hipocrisia. Nossa legislação só não muda porque as mulheres de melhor poder aquisitivo abortam em condições relativamente seguras. As mais pobres é que correm risco de morte e sentem na pele os rigores da lei.
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